Sou fragmentos do meu passado, costurados no meu presente. Sou para cada um, uma pessoa diferente, sem - no entanto - deixar de ser eu.
Sou uma contradição, um tempero agridoce, um sussurro ao vento, um lamento, um perfume num pequeno frasco. Às vezes condenado às vezes carrasco.
Sou uma característica bem peculiar. Sou um pássaro no ninho que ainda não aprendeu a voar. Aquela que vai além do que eu mesma posso imaginar. Uma garota que gosta de sonhar.
Sou uma metamorfose ambulante, estou mudando a todo instante. Sou às vezes lagarta, às vezes borboleta. Uma chave trancada em sua própria gaveta.
Sou os meus acertos e os meus erros, as escolhas que faço; um laço, um traço, um esboço do que planejo.
Sou mais do que um simples fato, sou a conseqüência de meus atos. Não me resumo em adjetivos, descrições, sentimentos e emoções. Sou um universo de possibilidades. Um número, o infinito. Sou o eco ressonante de um grito.
Sou a pista de um enigma, algo a se decodificar. Sou a rima de um poema que um poeta não conseguiu achar.
Sou o som de um verso mudo. Um mistério, uma fantasia, um pouco de nada... Uma caixinha de tudo.